Laço que não precisa ser de sangue

Família é muito bom. Este é o saldo da minha experiência, pelo menos. Família espalhada pelo mundo, então, nem se fala. Tem quem ache graça no fato de eu ser Bandeirante, mas cresci lá, é minha segunda família, ponto final. Enquanto eu puder, vou voluntariamente fazer por outras crianças e jovens o que foi feito pela minha formação quando eu tinha a idade deles.

O Bandeirantismo é só um exemplo de “comunidade global”. Em muitos lugares, se precisar de teto, comida, água ou necessitar daquela força para se adaptar a um novo país, tem alguém pra te dar suporte. E olha que nem é máfia.

Recentemente, fui acolhida por uma outra família. E foi ela que me deu suporte na chegada a Nova York. A diferença de 12h entre o desembarque do voo e o embarque no trem teve hospitalidade, café da manhã numa cozinha como se fosse a de casa, passeio pelas redondezas da 5ª Avenida, almoço na mesma cozinha e até a soneca tão esperada, ainda que só tenha durado 20 minutos. Tudo isso no meio do burburinho de Manhattan.

Vale a pena de citar duas descobertas de ontem, nada a ver com NY em si:

1) Receita de suco de laranja: tire a casca, jogue todo o bagaço no liquidificador, adicione sal e pimenta preta a gosto. Sério, fica bom. Pode experimentar.

2) Foi pra Índia, México ou qualquer outro reinado do queima-boca? Solução pra não fazer desfeita: iogurte, queijo cottage ou similar — preferencialmente gelado — bem misturado com a comida apimentada. Sucesso garantido.