Convites para o EXP.#1 – Esporte, Mídia, Marketing e Entretenimento

EXP. #1 Esporte, Mídia, Marketing e Entretenimento

EXP. #1 Esporte, Mídia, Marketing e Entretenimento – The360

Neste ano, o pessoal da Arima Treinamentos criou um curso muito bacana em São Paulo pra quem tinha interesse em trabalhar com futebol. O “Business Futebol Clube”, ou B.F.C. (fanpage no Facebook aqui) teve temas variados e rolou de um jeito muito legal. Além do conteúdo, houve a preocupação em fazer com que os alunos encerrassem o processo com um projeto estilo “vida real”, “mão na massa”. O que eu fiz no B.F.C. foi falar sobre meio digital, redes sociais e futebol.

Em 2014, parte da Arima vira T.H.E.360, com um novo conceito de cursos livres baseados em experiências, e o B.F.C. já tem a segunda edição programada.

Amanhã, 14/12 (sábado), a T.H.E.360 promove o EXP.#1, um dia de experiências para que os alunos possam vivenciar temas de interesse e, quem sabe, decidirem aprofundar-se nos cursos que serão oferecidos no ano que vem. Os pilares do evento de amanhã serão Esporte, Mídia, Marketing e Entretenimento. Continuar lendo

Bancos monitoram redes sociais

Nos últimos tempos, alguns bancos começaram a se dedicar a entender o que é dito sobre eles nas redes sociais. O Orkut e o Twitter são os principais alvos do monitoramento porque são os que têm maior penetração entre o público brasileiro, principalmente no caso do primeiro. A maioria dos usuários do Twitter, sabe-se, passa boa parte do tempo calados observando o que postam jornalistas, celebridades, esportistas, etc, que invariavelmente criticam problemas que têm com serviços. Para piorar, os tais “calados”, quando resolvem piar, é geralmente para reclamar.

O último relatório de um destes bancos, sobre os três grandes do Brasil na penúltima semana de 2010, revela o que segue.

No Twitter:
  – Banco do Brasil teve mais comentários positivos que negativos. 
    Destaques: propaganda de fim de ano, lançamento de ADRs (o “American Depositary Receipt” permite que investidores americandos comprem parte de empresas estrangeiras).
  – Bradesco foi mais elogiado que criticado, mas numa proporção menor. 
    Destaques: árvore de Natal da Lagoa Rodrigo de Freitas, patrocínio ao Jogo das Estrelas.
  – Itaú sofreu mais de 50% de críticas em posts que se referiam ao banco. 
    Destaques: o locutor/apresentador Silvio Luiz reclamando das taxas cobradas pelo Itaú, escritora Glória Peres twittando assalto em agência em Copacabana.

No Orkut, a comunidade analisada cujos dados foram divulgados para os funcionários foi justamente aquela que agrega a classe. Os tópicos mais movimentados dizem respeito à unificação do Banco do Brasil com a Nossa Caixa e as consequências que isto pode ter no trabalho e nas remunerações.

O intuito, aqui, não é utilizar os dados para qualquer tipo de comparação de mercado. Eles servem para ilustrar uma tendência irreversível: a da influência das redes sociais na imagem de grandes, médias, pequenas e minúsculas, que sejam, corporações.

Um ou outro banco já percebeu e é o que o relatório mostra. O desafio e próximo passo é o que fazer com estas informações. De que adianta saber o que é dito e nada fazer para melhorar o atendimento?

O Ponto Frio, por exemplo, andou caçando e oferecendo suporte a consumidores rebeldes no Twitter e ganhou aplausos. A TAM e a Vivo, gigantes nacionais, são apenas alguns daquelas que insistem em ignorar as redes. Ainda há poucos estudos que consolidam números, mas não é preciso. A influência das redes sociais é tátil, é visível. E quem insiste em ignorá-las, a cada minuto que passa, perde.

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O famigerado Painel 4 do #mediaon: vazio de conteúdo, mas não de todo inútil

Eu queria explicar o que é o MediaOn, um seminário de jornalismo online em sua terceira edição, queria falar sobre o público do evento (muitos estudantes, poucos jornalistas) ou sobre o quanto a maioria dos convidados defende o conteúdo aberto na internet e a transferência para o formato mobile, queria até mesmo postar este vídeo aqui no no blog para vocês assistirem, usado na apresentação de Marcos Foglia, do Clarín:

Mas, no final das contas, vou falar é sobre o Painel 4, que teve a seguinte composição de mesa (tirada do site do MediaOn):

PAINEL 4 17H30 ÀS 19H

JORNALISMO SEM INTERMEDIÁRIOS – Twitters e blogs aproximam fonte e consumidor de informação

• Qual o impacto, no jornalismo, das ferramentas que permitem que as fontes da informação entrem em contato direto com o público?
• Casos de sucesso de uso de blogs e twitter por jornalistas
• O que significa, para a indústria da comunicação, não-jornalistas se tornarem distribuidores de informação?
• Como as empresas lidam com blogs e twitter de seus profissionais

Debatedores:
Danilo Gentili – Repórter do CQC, programa de jornalismo e humor da TV Bandeirantes 
Altino Machado – Blog da Amazônia, de Terra Magazine 
Camilla Menezes – Twitter de Mano Menezes

Mediador:
Marion Strecker – Diretora de conteúdo do UOL

No dia anterior ao do evento, um tweet que eu publicava — e que você pode ler no fim deste post — fazia referência à “falta de liga” da qual esta mesa poderia sofrer: Altino Machado, homem de trabalho sério e experiências densas ligadas à Amazônia e ao Acre, junto com o humorista Danilo Gentili e a ghost-writer do twitter de Mano Menezes, técnico do Corinthians.

Que o meu tweet não seja tido como um pré-conceito, por favor, mas como uma opinião pós-análise dos currículos dos convidados.

Pois bem, dito e feito: as falas versaram muito sobre temas pontuais ligados às atividades específicas de cada um e pouquíssimo sobre conceitos de novas mídias que poderiam ter
sido debatidos. Pontuo algumas coisas que me chamaram a atenção, não necessariamente interligadas e tampouco em ordem de importância:

Camilla Menezes: “Os jornalistas seguem o twitter do Mano para encontrar um diferencial porque sabem que dali vai sair algo (…) Desde abril, já foram feitas 40 reportagens citando frases do Mano no Twitter”. 
Para, para, para tudo. Camilla está falando sobre “jornalismo de aspas”, aquele em que o repórter não se dá o trabalho de apurar qualquer coisa e apenas reproduz, na reportagem, frases tiradas de entrevista ou outra fonte (Twitter, neste caso). Ou seja, visando este tipo de repórter ou veículo, o twitter de Mano Menezes representa uma forma eficaz de controle da exposição já que a assessoria sabe que qualquer coisa que poste ali, infelizmente, será reproduzida em massa ocupando espaço e dando ao jornalista — repórter ou editor — uma desculpa para não correr atrás de algo de maior relevância: “Já temos notas suficientes para hoje. Prepare alguma coisa para amanhã de manhã”. Ou então: “Vamos subir estas aspas do Mano amanhã de manhã e basta”.

A incoerência de Danilo Gentili
Quando questionado sobre um tweet preconceituoso que teria escrito e logo apagado, Danilo respondeu: “Apaguei porque eu quis, o twitter é meu”. Depois de ouvir este libelo curto e grosso em prol da liberdade de fazer o que quiser com seu perfil, me surpreendeu de forma que mal consigo expressar as investidas de Danilo contra Camilla — e isto independe do meu juízo de valor sobre eles serem “legais” ou não. Danilo questionou o uso de scripts para incrementar o número de seguidores e o fato de Camilla ser ghost-writer do pai. 

Concordo e me causa estranheza uma ghost-writer ser convidada para defender a ausência de intermediários na comunicação entre fontes/personagens e público em geral, o que é um problema da organização do evento. O que me causa estranheza maior, com o perdão pela total vulgaridade, é ter visto Danilo Genitli “cagando regras” no palco do MediaOn para cima de Camilla.

Não vou me estender, meu ponto já está posto: as mídias sociais são abertas, cada um faz delas o uso que bem entender. Quer usar script? Use. Quer pedir a alguém que escreva por você? Peça. Quer usar como ferramenta de marketing? Fique à vontade. Quer fazer piadas idiotas? Pode fazê-las. A liberdade é tanta que só te acompanha quem gosta do que você faz. 

Sendo assim, por favor, criadores de regras inúteis, deixem a internet em paz.

(Ironias da vida. Acabo de receber um tweet com o texto: “hey If you want to get alot of followers check out http://xxxx“. Conto para vocês que não sou adepta dos scripts ou de qualquer coisa fake, na vida virtual ou real.)

Sigo para o sétimo painel do MediaOn, agora. Mas ainda quero falar sobre o preconceito sofrido por Altino Machado, que veio para comprovar sua fala na tarde/noite de ontem.

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